Confesso, é essa a idéia que preciso ter, ao assistir a um desfile, que a roupa seja "usável" na vida real.
O começo veio clarinho, com jeans delavé e ótimas peças em nylon transparente com algodão.
Na transição pop, cores blocadas e desencontradas dão forma a camisas e calças, que podem soar exageradas na passarela mas ficam ótimas se combinadas com peças mais sóbrias. No final, para dar um contraste, belas entradas em dark jeans com amarelo, pintado à mão. Acerta também nas suas parkas, nos macacões e nas calças - principalmente as mais juntas ao corpo, charmosas, e nas bicolores do final. E palmas também ao tênis-hit em couro, desenvolvido com a Converse, ou seja, moda simples, bonita, com qualidade e usável.
Outra marca que fez os meus olhos brilharem foi a Mara Mac, ela trouxe
para a passarela as texturas contrastadas do tecido liso com as pétalas de organza, os grandes pontos dos tricôs misturados a espaços de transparência, interferiu na integridade dos panos rasgando, queimando, rabiscando ou apenas tingindo suas tramas.As formas, para contrabalançar, eram lisas e quase minimalistas, tendo nos profundos decotes em V o seu centro de interesse. Muitos vestidos retos e sem mangas mas também muitas peças avulsas como saias secas, calças curtas e tops decotados para acompanhar.
A cartela de cores foi também desenvolvida a partir do branco e do cru que são suas marcas registradas para o verão; a surpresa veio pela ausência do azul, cor que nunca falta em suas coleções e que foi substituido desta vez pelo verde e por algumas manchinhas de vermelho e rosa como no chemisier vermelho enfeitado por um avental lateral pink. Lindíssimo!
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