Maria Bonita
É do trabalho da fotógrafa Anna Mariani, apaixonada pela arquitetura das casas populares do Nordeste, que parte a coleção de verão da Maria Bonita. Não é de hoje, afinal, que Danielle Jensen olha para o pop e para o Brasil para criar peças que fogem das chamadas “tendências” internacionais e que de rústicas só têm a aparência – tudo é feito com os melhores tecidos e cortes precisos. Prova de que pode existir moda brasileira autêntica e universal ao mesmo tempo. O desfile começa com conjuntos de calças curtas e paletós de algodão com inox (que garante o efeito amassado), em bonitos tons de areia (mais fáceis de usar do que o nude). Nos pés, chinelinhos de dedo. E na cabeça um chapéu/capuz, mix de duas peças, também recorrente no trabalho da estilista, que adora unir/desconstruir peças. Mosaicos de madeira entram em cena nos detalhes (no decote do vestido, por exemplo, à la colar), nos acessórios e em algumas peças (caso do top). Na sequência, cores bem esmaecidas, típicas dessas casas feitas com cal, dão vida a roupas que carregam a mensagem simple chic. Os desfiles da Maria Bonita são sempre surpreendentemente simples e bonitos de se ver. É um trabalho de equipe: a trilha de Caetano, o cenário de Daniela Thomas... tudo contribui. Desta vez não foi diferente.
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