A pé e tranqüilo me entrego à estrada aberta,
Saudável, livre, o mundo à minha frente,
A longa trilha de terra à minha frente levando aonde eu escolher.
Doravante não peço boa-sorte, eu sou a boa-sorte,
Doravante não mais pranteio, não mais adio, nada necessito,
Acabaram-se as queixas internas, bibliotecas, críticas querelas,
Forte e contente percorro a estrada aberta.
A terra, isso é o bastante,
Não quero as constelações mais próximas,
Sei que estão muito bem onde estão,
Sei que elas bastam àqueles que lhes pertencem.
Saudável, livre, o mundo à minha frente,
A longa trilha de terra à minha frente levando aonde eu escolher.
Doravante não peço boa-sorte, eu sou a boa-sorte,
Doravante não mais pranteio, não mais adio, nada necessito,
Acabaram-se as queixas internas, bibliotecas, críticas querelas,
Forte e contente percorro a estrada aberta.
A terra, isso é o bastante,
Não quero as constelações mais próximas,
Sei que estão muito bem onde estão,
Sei que elas bastam àqueles que lhes pertencem.
Tu, estrada que adentro e observo, creio que não és tudo que há aqui,
Creio que há também muita coisa não vista aqui.
.Eis a profunda lição da recepção, nem preferência nem negação,
O preto com sua carapinha, o réu, o enfermo, o analfabeto, não são negados;
O nascimento, a pressa pelo médico, o roçagar do mendigo, o cambalear do bêbado, o risonho grupo de mecânicos,
O jovem evadido, o coche do rico, o janota, o casal em fuga,
O comerciante madrugador, o carro fúnebre, o transporte de mobília para a cidade, o retorno da cidade,
Eles passam, eu também passo, qualquer coisa passa, nenhum pode ser interditado,
Todos são aceitos, todos serão caros a mim.
. fragmento de Canção da Estrada Aberta, no livro Folhas de Relva, de Walt Whitman
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