"O estilo nem por sombra corresponde a um simples culto da forma, mas, muito longe disso, a uma particular concepção da arte e, mais em geral, a uma particular concepção da vida." (Leon Tolstoi)

13 de ago. de 2010

Marina Cezar conta tudo sobre curso de Moda na Inglaterra

 A consultora de moda da JeJ produções ficou 1 mês na Inglaterra, alguns dias em Paris e contou tudo sobre o que aprendeu com essa experiência.
Achei muito interessante como ela realizou a pesquisa sobre moda, e sobre a consciência que as pessoas tem da sua história,  leiam:

J&J - Primeiramente nos conte o que você fez!

Marina - Fui fazer um curso de moda britânica na AUCB - Arts University College at Bournemouth de três semanas, e na volta, aproveitei para ficar três dias em Paris. Tínhamos aula manhã e tarde, uma vez por semana tínhamos aula em Londres, e as noites e finais de semana eram livres. Nesses períodos, aproveitei para conhecer um pouco mais a região e sua história. Bournemouth é uma cidade litorânea a umas 3h de Londres. É encantadora, florida, rica, que tem uma população de pessoas mais velhas que recebe jovens do mundo todo nas férias. É bucólica e moderna, onde na mesma quadra é possível ver desde igrejas datadas do século XV até pubs super descolados!

J&J - O que de melhor tu aprendestes?

Marina - Na faculdade, percebi que eles instigam demais a criatividade! Não se preocupam se o teu desenho está bem alinhado, se o teu texto está longo, mas sim, se tu realmente deste o teu melhor. É esperado que tu faças muito mais do que somente o que foi pedido, pois aquilo qualquer um pode fazer. Os britânicos têm uma característica de surpreender, e o bacana é que é nato. Eles exploram exaustivamente os limites, porque eles tentam, acertam, erram, e tentam de novo!
E essa falta de medo em errar é vista nas ruas. As pessoas têm uma despretensão no vestir, que as tornam interessantíssimas! Somados a isso, além de fazerem muita coisa a pé, o transporte público funciona muito bem, e dessa forma, poucas mulheres se arriscam em um salto alto ou roupas desconfortáveis. É perceptível que o importante é se sentir bem. E isso ocasiona uma beleza natural.
A dedicação intrínseca que eles tem, me faz questionar nosso processo de trabalho, pois na minha opinião, os profissionais brasileiros de moda tem potencial para fazer muito mais, e nem sempre é explorado o suficiente por receio de criar algo que seja vendável ou produzir a sombra das marcas que desfilam no hemisfério norte.

J&J - De que maneira ocorreu tua pesquisa de moda?

Marina - De forma atípica! Escolhi ficar em casa de família, para poder realmente absorver a cultura local. Não gostaria de retornar com minha mala somente cheia de fotos de produtos. Claro que faz parte, e por enquanto, é a realidade da maioria das empresas, porém, nenhuma loja ou feira vai te dar as informações que tive enquanto tomava café da manhã com "minha família", na casa deles, acompanhá-los nas suas rotinas, e ter conversar despretensiosas com pessoas de todas as idades.
Fiz um banco de imagens diferente, através de um ponto de vista que sugere onde realmente as coisas nascem. Tentei procurar coisas que fossem inspiradoras para uma coleção, sem mostrar um produto que seja, para não incentivar a cópia.

J&J - O que mais te chamou a atenção?
Marina - Além da limpeza e educação que normalmente percebemos, é lindo de ver a consciência que as pessoas têm da sua história. Nos mais variados museus, castelos e galerias que visitei, desde o senhor aposentado, até o adolescente e a criança, estavam atentos e mostrando muito respeito ao local. E em segundo lugar, me espantou ainda mais a quantidade de muçulmanas e suas exuberantes compras! Foi uma viagem curta, mas que valeu muito a pena!

 

As imagens são belíssimas não?
Au revoir... BAISER!!

Fonte: JeJ produções! 

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